quinta-feira, 25 de agosto de 2011





- Mas a minha cabeça gosta tanto do ombro dele. A minha orelha encosta em algum lado; direito, esquerdo. A curva do meu nariz se encontra com a curva do pescoço dele e lá tem um perfume que ninguém mais tem. Quando ele fala gesticula sensualmente as mãos, com a pose-de-sabe-tudo-de-tudo-de-tudo. Ele ri que nem criança. Sorri sorrisos diversos, intensos, inteiros, completos. Quando fala de algum assunto importante se concentra de um jeito inexplicável, viaja para outro mundo – e ainda me leva no colo. E ele coça o nariz de um jeito infantilmente ingênuo e divertido. A forma como ele ajeita o cabelo é particularmente meiga. E tem o abraço. Eu já falei dele, mas preciso repetir: o abraço mais perfeito.! Aham, entenda, ele é bom mesmo. O amor não dá frio na barriga: ele te aquece por completo.! E eu vejo que hoje amo por todos os amores que não tive, por todos os amores que existem na televisão, nas esquinas, nas letras de música, nas declarações em karaokês, nas calçadas riscadas de giz, nas telas do cinema.! Eu amo por todo mundo que ama e é correspondido, por todos que amam em segredo, por todos que amam e não são amados.! Por todo mundo que sonha em ter um amor assim, tão completo, em sintonia, que dá a mão, que ri, chora, anda de balanço, dança sem música, caminha na chuva, escuta os silêncios, dá colo, dá beijo, o braço, o abraço.!

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